sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A Arte da Gestão da Cadeia de Abastecimento



A Capgemini lançou este ano, um relatório, depois de entrevistar responsáveis de empresas suecas, da área do planeamento da Cadeia de Abastecimento. As empresas participantes, 60% empresas globais, conhecidas também em Portugal, foram divididas em 4 categorias, a saber:


Automóvel;
Ciências da vida;
Produção por processo;
Produção discreta;


concluindo-se que as Cadeias de Abastecimento complexas, são uma realidade, com a exportação da maior parte da produção, e com áreas de negocio em países fora da Suécia, concluindo-se que uma gestão eficiente da Cadeia de Abastecimento é um factor chave de sucesso.


O desafio clássico, considerado pelas empresas suecas é a de equilibrar os requisitos de serviço, custos operacionais e receitas,



Poucas empresas admitem ser inovadoras,
só 8% das empresas, que responderam, admitiram ser inovadoras na gestão da Cadeia de Abastecimento, sendo a inovação e o seu uso eficiente, na gestão da Cadeia de Abastecimento uma vantagem competitiva.

A luta pela atenção,
o departamento de logística, mesmo em industrias tecnologicamente avançadas como a automóvel, lutam contra a resistência, dentro das empresas, de não conseguirem, que a gestão da Cadeia de Abastecimento, seja considerada um core business, com a mentalidade do "Negocio como sempre foi feito", como a principal razão.

Aumentar a qualidade do serviço prestado,
A tendência global, é a qualidade do serviço prestado, se tornar cada vez mais importante do que o custo das operações.


A industria automóvel enfrenta desafios globais,
A aquisição e produção de matéria prima e automóveis em países como a China ou a Índia, traz problemas acrescidos na coordenação entre locais geograficamente dispersos, para colocar o produto final em mercados diferentes destes. A sincronização de fluxos de informação de materiais e financeiros é conseguido através da standarização e integração entre as várias unidades da cadeia de abastecimento espalhadas pelo mundo.

A industria das ciências da vida, têm objectivos diferentes na gestão da cadeia de abastecimento,
valoriza a minimização dos desiquílibrios entre a procura e a oferta, não centrando a atenção no aumento e globalização da Cadeia de Abastecimento,

Grandes diferenças na maturidade do planeamento da cadeia de Abastecimento,
o estudo revela grandes diferenças entre sectores a este nível. Cerca de metade das empresas entrevistadas não tinham um processo de planeamento formalizado, correspondendo a maiores problemas nas operações. Sendo a maturidade no processo de planeamento, vista aqui, como a capacidade de trocar a informação internamente e externamente.

A integração e colaboração de dados,
metade dos entrevistados não tem nenhuma colaboração formal com os clientes, sendo a colaboração com fornecedores mais difundida.

A importância de uma resposta rápida,
a capacidade de modificar planos e mudar a execução de tarefas, em tempo útil é apanágio das grandes empresas. Um requisito altamente procurado das soluções TI/SI é uma funcionalidade de planeamento avançada e a integração de sistemas com clientes e fornecedores. A maior parte das grandes empresas a actuarem na Suécia não têm uma colaboração formalizada com clientes, atingindo 90% nas empresas da ciência da vida, isto pode ser explicado pela natureza do negocio e em que parte da cadeia de abastecimento a empresa se coloca, sendo que as empresas que fornecem a outras empresas têm maiores níveis de colaboração.

EDI ( Eletronic Data Interchange) é o método de comunicação e integração de dados preferido. O e-mail parece ser o mais usado entre procura e fornecimento, apesar de requerer a intervenção humana e não integrar automaticamente dados entre os sistemas logísticos. A comunicação através de web-sites é uma tecnologia a conquistar mais adeptos. Surpreendentemente a comunicação manual de telefone e fax ainda é amplamente usada.

Algumas características da empresas mais eficientes:

  1. Compreendem em que é que têm de fazer melhor que a concorrência, conhecendo bem os clientes e as suas necessidades, com métricas comuns para medir performances, com uma Cadeia de Abastecimento desenhada para apoiar os objectivos estratégicos, com processos standarizados e integrados;
  2. São donos da Cadeia de Abastecimento, gerindo o processo de planeamento em termos de set-up, administração e operações;
  3. Focam-se na excelência operacional, ou melhoria continua;
  4. Criam vantagem, inovando;
  5. Compram de forma inteligente, centralizando as compras com fornecedores, a preços baixos, no mercado global;
  6. Movem-se menos e mais depressa, em termos de inventários;
  7. Empregam a tecnologia como um facilitador, procurando soluções que ofereçam valor tangível.

    O estudo pode ser consultado aqui;

    *Boas Festas*

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